sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Quebra-cabeças

Abro o Word.
As únicas coisas que estão na cabeça são a música que está rolando no fundo e as preocupações infinitas.
A vida é mesmo louca, hora estamos bem e tudo o mais, hora tudo está girando e eu me sentindo como no espaço, com um zumbido no ouvido que não me deixa ouvir nada além de dentro de mim mesma.
O que era para ser um relato feliz e saltitante sai em palavras desconexas e tristes. O dia acaba, a noite vem e eu nem sei mais o que fazer.
Não há mais o que fazer, as horas passaram, o dia já se foi, o mundo rodopiou.
Já vivi tudo o que tinha para hoje. Acordei, estressei, trabalhei... Matei a fome e descansei, ou melhor, cai em cima da cama com a cabeça rodando.
Tudo gira confuso...
A música ao fundo diz: “A vida prega peças de quebra-cabeças/ No fim confunde a beça, mas há recompensas...”, tudo gira e a música tocando no fundo da alma.
Há recompensas...
Será que há? O que há? O que há depois de tudo?
Viver em paz, sem preocupações, sem zumbidos... Talvez seja isso no final. Talvez seja isso que todos queremos e buscamos, mas há recompensas para esta busca intensa?
A música ao fundo muda: “Agora sei que toda essa confusão é normal/ Já entendi, nem toda história exige ponto final/ A gente faz um monte de besteira e ainda tem a vida inteira...”.
Será que é assim? Será que estas músicas estão certas? Será que a arte imita a vida, ou a vida imita a arte na tentativa de um viver mais surreal, mais dramático, mais emocionante?
São apenas perguntas, perguntas que minha alma faz e minha cabeça continua girando como se não houvesse outra coisa.

Texto escrito ouvindo o novo EP do Ludov: http://ludov.com.br/ (disponível para download). E calma! Não estou louca nem nada, apenas pensativa... Em breve textos mais animados, aguardem...

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